28 de julho de 2009

A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone #2

Sigam as aventuras e desventuras de kross, um simples griséu que queria inocentemente adquirir uma bicicleta e de súbito viu-se emaranhado nas teias da malvada Sportzone.

Parte 2: A descoberta do funcionário que funcionava

Kross já não pensava em mais nada a não ser na bicicleta. Até já sonhara com uma cantora ciclista chamada Selim Dion. TINHA que ter aquela bicicleta, era imperativo. Afinal, tinha vendido a alma, e a sua vontade já não era mais sua, pois tinha sido legalmente conquistada pelo demónio alado chamado Sportzone.
O sol já tinha nascido 3 vezes desde que o griséu se dirigira pela 1ª vez à maldita loja.
Não seria a última.
Pelas 19 horas, munido de um comprovativo de morada (uma carta do Banif), Kross deslocara-se novamente ao estabelecimento, convencido de que seria desta que traria a bicicleta para casa e até pensara em rebater os bancos de trás da sua carroça, para ter espaço para a transportar, mas estava enganado.

Entrara na loja e de repente parecia que todos os clientes que anteriormente andavam alegremente pela loja se tinham tornado em pobres velhotes, de vestes rasgadas e com poucos dentes. Era assim que todos os que vendiam a alma à Sportzone acabariam eventualmente.
A sua Torah 3.0 tinha ficado reservada em seu nome, mas apenas durante 24 horas. Depois dessas 24 horas o encanto seria terminado, tipo Cinderella, daí a pressa do griséu.

Pusera-se na fila ao balcão e aguardara pela sua vez enquanto cumprimentava os funcionários que passavam, já conhecidos aquando da Parte 1.

Fora atendido pela 1ª funcionária do dia.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
F1: "Sim sim, só um momento, vou chamar um colega."

Fora atendido pelo 2º funcionário do dia.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
F2: "Ah vou chamar (yep, é isso mesmo, um colega) um colega das bicicletas."

Fora atendido pela 3ª funcionária do dia (de camisola azul escura).

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem. Deixe-me adivinhar, vai passar a um colega!"
F3: "Não, vou enviar o documento que falta mas vai levar um bom bocado ainda para ser aprovado por ELES."

"ELES" eram um grupo restrito de gladiadores negros de elite, que tomavam as rédeas das decisões sobre aprovações da compra e venda de almas, vulgarmente chamados pelos camponeses de Credifin.
Kross tentara negociar com a Funcionária nº 3 para que esta ficasse com o seu documento e enviasse quando pudesse, e assim voltaria mais tarde e pularia mais um processo demorado, mas esta recusara. Aparentemente não tinha problemas em ficar com as almas das pessoas, mas documentos não podia. Disse-lhe para voltar mais tarde com o documento.
Eram 19:30 por esta altura e Kross voltou para casa, tinha um jantar familiar e não dava muito jeito fazer de bola de ping-pong entre os funcionários até horas tardias.

O sol pusera-se e Kross voltara ao estabelecimento.
Passados os preliminares dos 3 primeiros funcionários (que me comprometo a suprimir daqui em diante), que aparentemente faziam uma triagem aos fregueses antes de os direccionarem à pessoa que realmente interessava (e que nunca era a mesma), Kross fora direccionado para o funcionário X (já não dava para contar), o único que realmente percebia de bicicletas e que tinha jeito para tratar de clientes.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
FX: "Ah quer entregar o último documento para poder aumentar o plafond? Mas ELES só trabalham das 9 até às 18 horas."

Kross pensara: "Bestial. Ainda há pouco estive aqui já depois das 18h e ninguém me disse que já não valia a pena enviar hoje o documento, ainda me disseram para voltar. Arrasa."

FX: "O que eu posso fazer é ficar com o seu documento e enviar logo amanhã de manhã para ELES e telefonar-lhe assim que tiver notícias."

Terá sido nesta altura que Kross se interrogara porque é que haveria realmente mais funcionários a trabalhar na Sportzone, se este era o único que 'funcionava'.
Ao seu lado, um velhote sucumbira. A sportzone tinha-lhe sugado toda a sua força vital.

Kross: "Supimpa. Obrigado, Então até amanhã."

Fim da parte 2.

Ver também:
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 1
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 3

3 comentários:

  1. Tou a gostar da história sim senhora ;)lolol

    ResponderEliminar
  2. Isto ainda há-de ser publicado em livro e tornar-se um best-seller. Com adaptação para cinema e tudo.
    Selim Dion arrasa!! LOOL

    ResponderEliminar
  3. ELES são fdds...

    Tadinho do velhote pah...!

    ResponderEliminar

Exprima aqui a sua revolta e partilhe-a connosco!