30 de novembro de 2010

As lojas dos chineses samurais

Lojas dos chineses.
Nascem em todo o lado, quando menos queremos e esperamos.
Quando fecham num sítio, reaparecem de novo noutro ali perto.
Surgem em qualquer buraco. As pessoas passam e dizem que aquilo fica mal ali.
São a ACNE das ruas.
Só que para esta não existe Clearasil. Existe ClearASAE, mas não é bem a mesma coisa.

Abriram há pouco tempo o 'El Corte Chinês' em Olhão, numa antiga fábrica, e em Faro ao que tudo indica compraram o antigo estádio do Farense, fontes dos griséus dizem que é para criarem a 'Maklo'.

Quem é que não fala mal das lojas dos chineses enquanto se encontra na fila para pagar um alicate, ou uma fada de porcelana? O leitor neste momento deve estar a convencer-se de que não possui nada das lojas dos chineses, mas as peúgas que a sua tia lhe ofereceu no seu aniversário dizem o contrário.
As peúgas e a bandeira de Portugal made in china que comprou no último mundial.

No mês passado fiz férias em Londres e comprei lá uma gravata, na loja de renome Marks & Spencer. Cheguei a Portugal e vi na etiqueta que era fabricada na China.




Perante isto e devido ao facto de Portugal estar praticamente a ser entregue à China, acho que já não falta muito para mudarmos o título deste blog para 起义的霉菌.

Uma familiar minha comprou uma cabeleira de carnaval e ficou com a cara queimada. Existem até indícios de que usam quimícos cancerígenos nas tintas dos tecidos, para que estes aguentem mais tempo.

O que é certo é que estas lojas deram novo significado ao provérbio: "O balato sai calo".

O relato que vos trago hoje passou-se neste Verão, num estabelecimento comercial anónimo gerido por indivíduos chineses. Quando digo anónimo não estou a brincar, a loja não tinha mesmo nome.
A Cláudia, minha namorada de momento, comprou um par de chinelos que usou numa noite durante cerca de 3 horas, e foi devolvê-los no dia a seguir, magoavam-na. Toda a sua vida tinha frequentado o dito estabelecimento, que nem sequer emitia facturas. No dia a seguir teve a infeliz ideia de os ir trocar.
Entrou na loja anónima e prontamente uma jovem asiática simpática apareceu ao balcão para a atender.

Cláudia: - Olá, boa tarde, eu queria fazer uma troca, por favor.

A jovem asiática imediatamente sacou de umas correntes com lâminas, que brandiu no ar e mudou de um ar simpático para um frio como a morte:
中文: - Nós não tlocal.
Brandia as correntes bem alto, fazendo o cabelo da Cláudia esvoaçar no ar. Os seus olhos, cor de sangue, reflectiam bem as suas intenções.
A jovem 中文 quando lhe foi pedida uma troca.
A Cláudia desviou-se de duas investidas das correntes enquanto explicava o sucedido, mas a chinesa não arredava pé. Quando acabou de dizer que não queria a devolução do dinheiro, apenas trocar por outros chinelos, já tinha levado com uma chicotada de raspão na orelha.

中文: - Nós não podemos tlocal os chinelos, polque depois não podemos voltal a vendê-los.

 Cláudia: - Mas quando os produtos são trocados, são para ser dados como defeituosos, não são para ser postos à venda nov... - PUMBA mais uma chicotada, mesmo nas fontes! -
Neste momento aparece uma senhora idosa ao lado da Cláudia, a quem a  中文 prontamente troca um par de sapatos visivelmente usados.

Cláudia: - Olhe, desculpe, mas se não me troca -desvia-se da corrente- os chinelos vou ter de pedir o livro de reclamações.

É nesta altura que ao lado da 中文 se vê surgir numa núvem de fumo um Samurai furioso, evidentemente o gerente da loja.
-Nota: Toda a gente sabe que é assim que as lojas chinesas nascem, numa núvem de fumo, à ninja.
它认为我们不接受要求的顾客。

Battousai: - [Diz a esse insecto imundo que no meu império não se aceitam reclamações.] - traduzido do idioma mandarim.

中文: - Não aceitamos leclamações.

Dito isto o Samurai desfere um golpe certeiro e letal com a sua espada, que mutila a paciência da Cláudia e causa que esta caia prostrada no chão a esvair-se em nervos (a paciência, porque a Cláudia saíra então do estabelecimento).
Nesse mesmo dia contou-me o sucedido e foi aí que eu disse: - Esta 拉屎 não fica assim, 他媽的!

Respirei fundo, reuni todo o meu 'chi' e chamei a ASAE.
Mencionei que o estabelecimento em questão não emitia facturas, não tinha livro de reclamações e recusava trocas. Para especificar qual era a loja tive de conduzir até ao estabelecimento para apontar a morada, Rua General Teófilo da Trindade, nº xx, Faro, pois esta não tinha nome.

Poucos dias depois a loja estava fechada.

Poucos dias depois a loja estava aberta na rua ao lado (quando eu já andava eufórico a pensar que tinha derrotado o Samurai, surgiu numa nova nuvem de fumo na Rua de S. Luís).

E poucos dias depois estava fechada novamente. Desta vez por não pagar dívidas.

E vocês, griséus leitores, já tiveram necessidade de chamar a ASAE por algum motivo?
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23 de novembro de 2010

A ascenção da estupidez global

Estamos entregues aos bichos.
 Vivemos numa sociedade em que uma pizza nos chega mais rápido a casa do que a polícia.
 Todos os dias vemos situações que nos revoltam de tanta estupidez.

Por ex.
- Saio à rua e quase sou atropelado por uma senhora que estava ao telefone enquanto ia a conduzir... no passeio.
- Um gajo diz à minha namorada: "És tão gira que me dás a volta à cabeça!" e ela responde: "E tu és tão nojento que me dás a volta ao estômago."
- Adiro a um grupo no Facebook cujo objectivo é revoltar-se contra o nosso primeiro ministro, e que precisa de colaboradores, e quando eu pergunto que colaboração necessitam, responderam-me 'letterbombing' (sejamos menos infantis, vá lá).

Mas este relato é ainda mais desconcertante.

Ontem numa loja de malas de viagem um cliente pediu o livro de reclamações.
Razão: Foi-me recusada a troca por defeito de fabrico de uma mala que aquiri nesta loja há 5 anos, que foi recentemente arrombada.



OK. Se está partida por defeito de fabrico... não está arrombada.
Se está arrombada ...não estava partida por defeito de fabrico.
Vamos lá pensar nisso, ok?

Nota: Para os menos iluminados, segundo o site wikcionário, 'arrombar' significa: Quebrar / Abrir à força / Romper

Quando a funcionária lhe disse: "Mas se a fechadura se partiu porque foi arrombada, certamente não terá sido defeito de fabrico.
O cliente respondeu: "Está a chamar-me de mentiroso!?"

Mas o que mais me impressiona é que o doente cliente podia ter reclamado apenas verbalmente, mas não, tinha mesmo que pôr por escrito o quão asno era, e fez questão em assinar um atestado de inaptidão intelectual.
Conseguiu pôr na mesma frase "arrombada" e "defeito de fabrico".

Mas pronto, sempre foi melhor do que o cliente que no mesmo estabelecimento disse: "Se eu saltar em cima desta mala e partir-se, dou-lhe uma cabeçada!"
Eu cá não sei, mas não devia fazer grande mossa a julgar pelo vácuo que demonstrou ter na cabeça.

E vocês, que demonstrações de estupidez têm visto ultimamente?
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