8 de abril de 2010

A versão da história dos militares do ataque aos reporteres da Reuters

Este documento foi fornecido ao site cryptome.org anonimamente e é a versão dos militares do ataque aos reporteres da Reuters, em julho de 2007.

http://cryptome.org/reuters-kill.zip

RESUMO do que pode ser lido na investigação da operação ILAAJ (o ataque do exército americano em Tisa Nisan em que foram mortos 2 reporteres da Reuters) efectuada em 17-7-2007

FACTOS

A operação ILAAJ consistia na limpeza da zona 30 em Mualameen Muhallah, Tisa Nisan (Nova Bagdad).

[A investigação não entrevistou nenhum dos sobreviventes nem testemunhas do ataque, apenas os soldados americanos]

A Companhia Bravo 2-16 foi o grupo de soldados de infantaria que chegaram ao local após o ataque dos helicopteros.

A Primeira divisão de cavalaria foram os helicopteros apache, armados com munições de 30mm.

O ataque iniciou às 10:20 e acabou às 10:41, hora local.

Os soldados da companhia Bravo encontravam-se a 100 metros da localização de um grupo de 'terroristas' e dois individuos com cameras.

A missão da companhia era de 'limpar' o sector e procurar por armas.

DESCULPAS / JUSTIFICAÇÕES DO INVESTIGADOR

"Antes de mais, os pilotos estavam a ver a cena através de um ecrã mais pequeno do que aquele no qual eu vi."
[Isso não deveria querer dizer que, devido ao facto de estarem a ver num ecrã pequeno e com fraca visibilidade, não deveriam ter feito deduções precipitadas sobre as vítimas estarem armadas ou não? Os soldados recebem treinos intensivos para saberem identificar armas e terroristas e deviam saber aperceber-se melhor da situação do que foi visto no vídeo.]

"Em segundo lugar, a preocupação primária do piloto é pilotar o seu helicoptero e a sua segurança."
[Mas não me parece que tenha sido o piloto a disparar.]

"Em último lugar, não havia informação que levasse alguem a crer ou suspeitar que havia não-combatentes na área."
[O que apenas quer dizer que se não havia informação, não se sabia se havia civis, o que os torna culpados de não terem o cuidado de se certificarem antes de atacar. Os soldados tinham a responsabilidade de considerar a hipotese de que poderia haver civis na área, pois são responsáveis pelas suas mortes.]

COMENTÁRIOS DO INVESTIGADOR ÀS IMAGENS DO VIDEO

06:19:37
"Enquanto os apaches circulam no sentido contra-relógio, dois indivíduos podem ser vistos com cameras fotográficas, enquanto outros dois podem ser vistos com RPGs e AK-47"
[pessoalmente parecem-me ser os tripés das cameras]

06:20:38
"O cameraman eleva a camera para ver através do seu visor. As fotos recuperadas posteriormente da camera mostram um jipe militar americano HMMWV numa intersecção, a menos de 100 metros de distãncia. O selo digital de hora/data indica que foram as fotos tiradas enquanto o cameraman se encontrava na esquina da parede."







A última foto tirada pelo repórter da Reuters



06:26:03
"Dois indivíduos do sexo masculino e o condutor da carrinha tentam então carregar um dos 'terroristas' feridos para dentro da carrinha."
Na verdade o 'terrorista' era um dos reporteres da empresa Reuters que foi morto no ataque.

CONCLUSÕES DO INVESTIGADOR

"Os soldados de infantaria aindam se encontravam sob ataque de pequenas armas (pistolas, etc) e não tiveram o tempo ou pessoal suficiente para fotografar ou revistar os corpos por identificação."
[O que não corresponde à realidade, o vídeo mostra que os soldados estavam à vontade e protegidos pelos helicópteros, e tiveram tempo de atropelar os corpos das vítimas.]

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