14 de fevereiro de 2013

Saíram-me cá uns Nabos..!

E.... estamos de volta!

Quero, com este post, demonstrar o meu Orgulho em ser Português, sabendo que ainda existem Portugueses com um grande coração e um grande sentido de apoio ao próximo.
A ver se a Troika não nos manda também cortar com estes gajos, eles uns patifes.

Um senhor octogenário que mora em Vila Real, sem mais força para trabalhar nos seus terrenos agrícolas, decidiu ceder partes dos terrenos, a título gratuito, a quem queira tratar de uma vinha ou plantar uma horta.
Esta decisão tem em vista ajudar familias carenciadas e desta forma não deixar os terrenos ao abandono.

Tudo isto me faz lembrar nas tão más decisões do Governo ao longo dos anos.
Sei que já temos um post n'A Revolta dos Griséus sobre este assunto, mas não deixo de pensar que isto faz cada vez mais e mais sentido. No entanto continuamos a pensar que os TGV´s, os novos aeroportos, os submarinos, os Alcochetes e, principalmente, a vinda do Papa são a solução.

Como sabem, Portugal desde há muitos anos que é o pau mandado da União Europeia. Falo neste caso mais especificamente da PAC (Politica Agricola Comum, criada em 1962), um acordo comunitário que, originalmente, tinha como objectivo a criação de um mercado único de produtos agrícolas, a livre circulação destes bens dentro da União Europeia e a preferência pelos produtos agrícolas produzidos na União Europeia.
Ora esta medida veio originar produção excedentária de produtos agrícolas, dizem eles e nós ouvimos.

E não é que, em 1992, quando Portugal estava na presidência do Conselho Europeu, foi inventada uma revisão da PAC?? Esta revisão foi assinada em Lisboa e tinha entao o objectivo de:
Isso mesmo! Evitar produção excedentária de produtos agrícolas de forma a manter um equilíbrio económico e a regulação de preços finais ao consumidor!
Ou, em termos mais leigos, enrabar o pobre.

Claro que nessa altura estávamos todos ricos e já andávamos a planear a Expo98, não vá o dinheiro também parecer excedentário.

Temos então milhares de hectares de terrenos agrícolas ao abandono em Portugal.

Temos também cada vez mais familias a viver no limiar da pobreza. Aposto que com a agricultura criávamos milhares de empregos e sustento.
Mas isto sou só eu, um simples Griséu. Falando em griséus, já nos emprestavam terrenos pa cultivar!

Ah e temos também o Cristiano Ronaldo e os Magalhães.

Parabéns ao Senhor Felisberto Varela, um exemplo.
Viva também ao Papa, vai-se reformar! Ele e os seus sapatos Prada.
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3 de fevereiro de 2013

Iiiiiiiiii! De volta à revolta, RE-VOLTA. (OK. Na próxima corre melhor)

Começo este post com um brilhante argumento:
‘Se os sem-abrigo aguentam, porque é que nós não aguentamos?’
 Ora, Fernando Ulrich, este senhor com uma capacidade intelectual irrisória, salta para o estrelato com esta demonstração de que tudo corre bem no nosso país.
Este senhor é Presidente do BPI, Banco Português de Investimento, uma instituição bancária, que em tempos negros como este em que vivemos, teve um lucro anual de 249 milhões de euros, qualquer coisa como o equivalente a 498.000.000 de minis.
 Na sequência do mesmo argumento, o Frnande continua: “os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos”.
E VAI ISOLADO PARA O GOLO!
Tal como diz o Griséu Kross, eu ás vezes também acho que tenho uma inteligência acima da média.
Posso aguentar com a austeridade, mas não aguento é com isto!
Segundo um estudo da Universidade de Cambridge no Reino Unido, publicado na revista cientifica ‘Lancet’ em 2011, a austeridade na Grécia levantou uma grave crise social no país, fazendo disparar a taxa de suicídios em 17%, aumentando também a violência e os homicídios, e quase duplicando os assaltos!
Aumentaram também os casos de depressão, prostituição e o consumo de drogas aumentou também em cerca de 20% no caso da heroína.
Frnande, va reflecte la, tu consegues: ´(…) eles estão la, estão vivos’. 
 
Vamos então fazer um pequeníssimo resumo do que foi a vida deste rapazito:
De acordo com o Wikipedia, Fernando Ulrich provém de uma família ligada ao comércio bancário e á arquitectura. O avô foi administrador do Banco de Portugal e o pai foi director da Tabaqueira, empresa que pertencia ao império empresarial Companhia União Fabril.
Estudou no Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, de 1969 a 1974, mas sem terminar a licenciatura. Ainda estudante, entrou para a redacção do Jornal Expresso onde veio a ser responsável entre 1973 e 1974 pela secção de Mercados Financeiros.
Quer isto dizer que, esteve 5 anos na universidade e não acabou a licenciatura. Ainda estudante, já era responsável pela secção de Mercados Financeiros do jornal. Tacho after tacho, é agora presidente de uma das maiores instituições bancarias do país.
Claro que isto não é um caso isolado como todos sabemos. Numa notícia relacionada, sabe-se que a esposa deste brilhante caso de ascensão profissional, fez carreira no jornalismo, até entrar para o PSD, onde foi responsável pelo gabinete de comunicação desde 1979. Desde Abril de 2006, Diana Ulrich integra o gabinete de apoio à Presidência da República.
É claro pois que estes aguentam.
 
Quanto a mim, fugi a tudo isto, ou tento, dia após dia, fugir! Não deixo no entanto de ficar indignado com tais amostras de desrespeito por quem realmente dá ao cabedal.
O Português aguenta a austeridade, aguenta.
Infelizmente.
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