30 de julho de 2009

2ª via da carta de condução, PARTE I


Como referi na primeira parte da saga do CC, não tinha quaisquer documentos. Conto-vos agora uma nova saga: A luta para conseguir a carta de condução.


Dado que não poderia andar sem documentos, tratei de tudo o mais rápido que pude. Como o IMTT era em Faro resolvi telefonar para saber o que seria preciso para pedir a carta, achei que seria mais rápido do que dirigir-me ao local esperar um dia inteiro e ficar na mesma. Expliquei então que não tinha quaisquer documentos pois tinha sido assaltada, se seria possível dar um compravativo que tinha carta ou que tinha sido pedida. Descobri que não o poderia fazer se não tivesse BI. Eu disse à senhora que não sabia quanto tempo teria que esperar pelo CC e que precisava de conduzir todos os dias para ir para o trabalho, ao que a senhora sabiamente respondeu: "mas você não pode andar a conduzir sem a carta!" Fiquei de boca aberta e surgiu aquele silêncio arrebatador ao telefone.



Segundos depois...



Griséua - "A sério?! Então a senhora sugere que eu fique em casa e não vá trabalhar porque não tenho carta e nem me dão uma guia ou um documento qualquer comprovativo de que tenho carta e estou a espera que chegue a segunda via?! Ou então posso fazer assim, se me multarem mando a multa para o IMTT e vocês pagam. Sim, porque por não posso ficar em casa sem trabalhar à espera que a carta chegue!"



"Senhora" IMTT - "Pois..."



Griséua - "Pois?! Eu sei que a senhora não tem culpa mas preciso de uma solução e não há. Roubaram-me os documentos e agora a minha vida pára! Tenho que esperar pelo BI que leva séculos e ainda por cima não posso pedir a carta."



"Senhora" IMTT - "Pois... Não posso fazer nada. Tem que esperar."



E pronto, lá estava eu meia parva com aquilo tudo quando de repente me lembrei de ter ouvido ou visto uma notícia acerca dos novos serviços on-line do IMTT. Fiz uma pequena pesquisa e encontrei!!! Lá estava o que eu precisava: Os serviços do IMTT on-line! Boa!!! Assim não tenho que me chatear com filas nem demoras!!! Então comecei a olhar, hmmm deve ser a opção condutores, ena! Acertei! Olha aqui está emissão de 2ª via! Serviços em linha. QUE FIXE!!!!! TÃO SIMPLES DE ENTENDER E FÁCIL DE FAZER!!!! Foi então que descobri que precisava de ter o número de acesso ás declarações electrónicas, que por acaso tinha! Perfeito! A seguir só precisei introduzir os meus dados, número do BI, morada, número de carta (que por acaso tinha porque o guarda deu-mo quando apresentei queixa). "O seu registo foi confirmado" e não tinha mais nenhuma indicação ou link para seguir, portanto assumi que já estava feito. Toda contente descansei que entre 10 a 30 dias uteis teria a minha carta em casa.


Mas isso era o que eu pensava!


FIM DA PARTE I
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A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone #3

Sigam as aventuras e desventuras de kross, um simples griséu que queria inocentemente adquirir uma bicicleta e de súbito viu-se emaranhado nas teias da malvada Sportzone.Parte 3: Um novo amanhecer

O 'amanhã' passara e nada. Mais um dia sem Torahda e na mente de kross já só se ouvia a música de uma banda jovem e com muito futuro pela frente, os Queen. A música era I want to ride my bicycle.
Ligeiramente incomodado com toda a situação, Kross arrastara-se até à Sportzone.
Uma vez chegado aos portões de entrada da loja, Kross reparara que já nem se notava os velhotes desdentados e esfarrapados, em vez deles, existiam apenas esqueletos podres deitados à saída da loja, como que se tivessem falecido num último e desesperado esforço para se conseguirem arrastar e fugir de todo aquele tormento. Nenhum obtivera sucesso.
Dirigiu-se ao balcão. Uma das funcionárias sempre-contentes reconhecera-o de imediato (pudera) e perguntou:

F1: "Ah é para aumentar o plafond certo? O meu colega que tratou disso consigo não está de momento mas deve estar a chegar, aguardai um momento."

Kross aguardara. Começara a sentir a ponta dos dedos tremer e uma ligeira dificuldade em respirar.

F2: "Olá, vou chamar o meu colega, o funcionário Y."
FY: "Boa tarde, que que posso ajudá-lo?"
Kross: "Mas... não foi consigo que falei ontem, foi com outro!"
FY: "Como é que ele era?"
Kross: "Cabelo espetado, nariz grande."
FY: "Ah o funcionário X, ele foi manjar! Deve estar quase a chegar, aguardai um pouco."

Neste momento já sentia um pouco falta de força nas pernas, que já tremiam ligeiramente. Kross já não se equilibrava tão bem.
Pouco depois chegara o funcionário X, o único que parecia funcionar. Era ele que atendia os clientes, vendia e arranjava bicicletas, tratava de documentações e nas folgas fazia exorcismos.



O funcionário falara e falara e Kross já não ouvia bem. Ouvia muito baixinho, como se estivesse ao fundo de um corredor. A única coisa que percebera fora que o funcionário mandara o documento, mas não enviara. ELES retorquiram, mas não responderam. Enfim, nada feito, teria que aguardar mais tempo, ainda por cima era sexta-feira e ELES durante o fim-de-semana não chupavam almas.
Voltara para casa. A sua esposa já mal o aguentava pois este andava irritadiço e nervoso, completamente possuído pela ansia de obter aquela Torah 3.0 com que a Sportzone o hipnotizara. Já nada mais importava.
Passara o dia de sábado com enxaquecas conjuntamente com os outros sintomas anteriores, e não conseguira dormir.
O sol aparecera, e com ele uma ideia.
Nenhum funcionário lha tivera sugerido, mas... podia resultar! Qualquer coisa seria melhor do que ficar em degradação em casa.
Novamente... dirigira-se à Sportzone. Desta vez tinha um plano.
A loja encontrava-se vazia de clientes, os poucos empregados varriam pó cinzento para fora dos portões.
Num passo directo e decidido, embora cambaleante, dirigira-se ao funcionário X.
"Ora... Plafond = 150 moedas de ouro. Bicicleta = 250 moedas de ouro. Faltavam apenas 100. Seria possível pagar as outras 100 em dinheiro vivo e apresentar o cartão de alma vendida para descontar as outras 150?" Perguntara Kross, agora a sangrar do nariz. Pedira 100€ emprestados para se poder desenrascar.
FX: "Sim, claro. Ninguem lhe disse isso?"
Kross não sabia se havia de rir ou chorar. Ficara preso num misto de choque e extase. Ainda não se tinha recomposto quando o 6º funcionário da Parte 1 aparecera e interrompera a conversa para anunciar que o plafond tinha sido aumentado por ELES! Podia agora comprar a bicicleta com todo o conforto com que poderia ter comprado no 1º dia, se tudo tivesse corrido bem. Kross desmaiou.
Nesse dia Kross trouxe o bicicleta.
Os olhos dos funcionários brilhavam de vileza, eles sabiam qualquer coisa.
Mas Kross não quis saber. Saiu triunfante da Sportzone, cheio de orgulho e de gratificação por ter superado tal provação. Tinha a sua conquistaTorah como prova.

Fim da parte 3.

Ver também:
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29 de julho de 2009

Café do Griséu #7

Ora cá está mais uma pausa merecida :P

Estes senhores que vos trago hoje é descessário apresentá-los ;)

A simples e maravilhosa arte de fazer rir, mas criticando...demonstrando um bocadinho de revolta..lol




È um pratinho de iscas sff!!
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28 de julho de 2009

A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone #2

Sigam as aventuras e desventuras de kross, um simples griséu que queria inocentemente adquirir uma bicicleta e de súbito viu-se emaranhado nas teias da malvada Sportzone.

Parte 2: A descoberta do funcionário que funcionava

Kross já não pensava em mais nada a não ser na bicicleta. Até já sonhara com uma cantora ciclista chamada Selim Dion. TINHA que ter aquela bicicleta, era imperativo. Afinal, tinha vendido a alma, e a sua vontade já não era mais sua, pois tinha sido legalmente conquistada pelo demónio alado chamado Sportzone.
O sol já tinha nascido 3 vezes desde que o griséu se dirigira pela 1ª vez à maldita loja.
Não seria a última.
Pelas 19 horas, munido de um comprovativo de morada (uma carta do Banif), Kross deslocara-se novamente ao estabelecimento, convencido de que seria desta que traria a bicicleta para casa e até pensara em rebater os bancos de trás da sua carroça, para ter espaço para a transportar, mas estava enganado.

Entrara na loja e de repente parecia que todos os clientes que anteriormente andavam alegremente pela loja se tinham tornado em pobres velhotes, de vestes rasgadas e com poucos dentes. Era assim que todos os que vendiam a alma à Sportzone acabariam eventualmente.
A sua Torah 3.0 tinha ficado reservada em seu nome, mas apenas durante 24 horas. Depois dessas 24 horas o encanto seria terminado, tipo Cinderella, daí a pressa do griséu.

Pusera-se na fila ao balcão e aguardara pela sua vez enquanto cumprimentava os funcionários que passavam, já conhecidos aquando da Parte 1.

Fora atendido pela 1ª funcionária do dia.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
F1: "Sim sim, só um momento, vou chamar um colega."

Fora atendido pelo 2º funcionário do dia.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
F2: "Ah vou chamar (yep, é isso mesmo, um colega) um colega das bicicletas."

Fora atendido pela 3ª funcionária do dia (de camisola azul escura).

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem. Deixe-me adivinhar, vai passar a um colega!"
F3: "Não, vou enviar o documento que falta mas vai levar um bom bocado ainda para ser aprovado por ELES."

"ELES" eram um grupo restrito de gladiadores negros de elite, que tomavam as rédeas das decisões sobre aprovações da compra e venda de almas, vulgarmente chamados pelos camponeses de Credifin.
Kross tentara negociar com a Funcionária nº 3 para que esta ficasse com o seu documento e enviasse quando pudesse, e assim voltaria mais tarde e pularia mais um processo demorado, mas esta recusara. Aparentemente não tinha problemas em ficar com as almas das pessoas, mas documentos não podia. Disse-lhe para voltar mais tarde com o documento.
Eram 19:30 por esta altura e Kross voltou para casa, tinha um jantar familiar e não dava muito jeito fazer de bola de ping-pong entre os funcionários até horas tardias.

O sol pusera-se e Kross voltara ao estabelecimento.
Passados os preliminares dos 3 primeiros funcionários (que me comprometo a suprimir daqui em diante), que aparentemente faziam uma triagem aos fregueses antes de os direccionarem à pessoa que realmente interessava (e que nunca era a mesma), Kross fora direccionado para o funcionário X (já não dava para contar), o único que realmente percebia de bicicletas e que tinha jeito para tratar de clientes.

Kross: "Olá, eu queria aumentar o plafond do meu cartão para poder pagar a prestações uma bicicleta que reservei ontem."
FX: "Ah quer entregar o último documento para poder aumentar o plafond? Mas ELES só trabalham das 9 até às 18 horas."

Kross pensara: "Bestial. Ainda há pouco estive aqui já depois das 18h e ninguém me disse que já não valia a pena enviar hoje o documento, ainda me disseram para voltar. Arrasa."

FX: "O que eu posso fazer é ficar com o seu documento e enviar logo amanhã de manhã para ELES e telefonar-lhe assim que tiver notícias."

Terá sido nesta altura que Kross se interrogara porque é que haveria realmente mais funcionários a trabalhar na Sportzone, se este era o único que 'funcionava'.
Ao seu lado, um velhote sucumbira. A sportzone tinha-lhe sugado toda a sua força vital.

Kross: "Supimpa. Obrigado, Então até amanhã."

Fim da parte 2.

Ver também:
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 1
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 3

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Pequeno pensamento.

Estou revoltada... O que é que custa ser educado e sorrir?!
Estou neste momento a morar em Sagres e ontem precisei de ir a farmácia local. Por acaso havia um lugarzito para o meu carro a frente da mesma, no entanto se não houvesse, e como já fiz outras vezes, existe um parque de estacionamento mesmo a seguir à dita onde há sempre lugares. Caso me aburrecesse estacionar lá e quisesse estacionar em segunda fila, como fez a dona do Audi A4 XPTO, também o poderia fazer. Despachei-me primeiro que ela e quando dei por mim no carro não conseguia sair. Então dei uma apitadela, pois ainda não sabia que a senhora estava na farmácia. Esperei uns 3minutos, entretanto ainda tentei sair, mas estava mesmo entalada e desse por onde desse não conseguia sair, pois a senhora conseguiu por o carrito de tal maneira que nem eu nem o da frente iriamos sair enquanto ela não se despachasse. Quando finalmente ela saiu, eu nem me importei de esperar, mas a dona nem sequer olhou, nem sorriu, nem levantou a mão em sinal de desculpe nem coizissima nenhuma!!!! Ora digam lá o que raio lhe custava?! Ela tava mal, só tinha o dever de me deixar um bocadinho mais feliz sendo educada!!!! Sorriam.... É o meu pequeno pensamento de hoje =) Façam alguém feliz! No minimo façam alguém sorrir, nem que seja como no desenho!!! EH EH!









P.S.: Outra coisa que me deixa feliz e bastante descontraida é enquanto conduzo limpar os orificios nasais de janela aberta a levar com o vento nas fuças. Quem não o faz?!
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A revolta escolhe-nos a nós!

Como meu primeiro post resolvi falar sobre a Revolta, sobre a verdadeira essência da revolta, a tudo o que nos rodeia e que nos dá um clique para manifestar o nosso lugar, como verdadeiros indivíduos que sabem o que querem!
A revolta não existe de um facto vazio, a revolta não surge de um mero argumento nem cai em falsas evidências.
Nós os revoltados damos vida à sociedade, somos nós que a criticamos, manifestamos e provocamos a mudança no sistema!
Como diz o meu griséu kross e com toda a razão:
"Não somos nós que decidimos quando nos revoltar, a revolta é que nos escolhe a nós."
O mundo, as sociedades criadas em satisfação dos outros, os sistemas burocráticos, uns com mais poder que outros, uns que têm tudo e outros que nem um griséu têm para comer... é chocante!
Tudo isto e as sequelas que originam fazem nascer dentro de nós uma espécie de grito interior, que uns soltam cá pra fora e outros dão-se ao comodismo, e acabam por não ter individualidade, são meros indivíduos conformados com as regras, com o regulamento da sua sociedade. Estes cidadãos nao inovam, não criam novas estruturas, não mudam e por consequência a sociedade fica às mãos dos mais poderosos, que acabam por fazer tudo para que nós sejamos meros robots, a obedecer e a aceitar os regulamentos da sociedade imposta!
São poucos no mundo que acabam por ser revoltados e questionam, criticam, impõem novas leis na esperança de um mundo mais civilizado, mais igualitário, e com menos idiotice!
Apenas quero trasmitir a importância deste blogue, o que ele representa para todos aqueles que se querem revoltar! Somos apenas meros griséus, a contestar
inúmeros acontecimentos que acontecem em nosso redor, o porquê destes, a razão para qual há tantas coisas más e estranhas neste mundo e para a qual não temos resposta!
Concluíndo,não pensem, façam! Revoltem-se!
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27 de julho de 2009

NÃO TEM NADA A VER COM IDIOTICE FEMININA PORQUE EU VI UM GAJO NUMA CARRINHA A FAZER O MESMO EM OLHÃO!!!!!

Como nem toda a estupidez humana foge aos griséus, aqui vai uma boa da minha pessoa =)



Um belo dia de Inverno estava eu com o meu carrinho e mais uma amiga e um amigo a entregar curriculos na Quinta do Lago. Já era fim da tarde, o sol já se tinha posto, e como nesta altura do ano o Algarve fica em estado de "zombie" não se via vivalma, muito menos naquela zona. Eu sempre fiz muita confusão na rotunda que é para entrar e sair dali, sei por onde entrar mas quando toca a sair há um "bug" qualquer no meu cérebro que me impede de saber qual é a saída. Sabem como é uma rotunda: entras dás a volta suficiente e sais onde queres, se não sabes para onde vais dás uma volta de reconhecimento e na segunda volta vais para a saída pretendida. E eis que acontece outra vez! falhei a saída. E para espanto de todos os presentes, parei no meio da rotunda e disse: "Bolas, era aquela ali atrás!", olhei em redor e como não vinha ninguém FIZ MARCHA-ATRÁS DENTRO DUMA ROTUNDA!!!! Do nada, porque não tinha visto ainda mais carro nenhum sem ser o meu, aparece um Merceres por trás que obviamente e com toda a razão me manda uma brutal apitadela e faz-me uma tangente engraçada.



Durante muito tempo tentei convencer-me de que não era assim tão mau, dadas as circunstâncias mas não há como fugir de tal IDIOTICE........ Revolta-me como é incrível a facilidade com que raramente faço estas burrices!!! =)
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26 de julho de 2009

Morrer de Sede Frente ao Mar...














Estou revoltado!! Muito revoltado mesmo! Hoje, fiquei até emocionado de tanta revolta que senti...É uma vergonha...Sinto uma dor imensa meu querido povo..

Hoje à hora do jantar, estava ainda no trabalho e reparei na reportagem que estava a passar na TVI, cerca das 21H00 e de nome: "Morrer de sede frente ao mar"...e digo-vos que tal como eu, um simples portugues que nasceu e cresceu numa terra de Pescadores, conviveu com gente de humildade interminável e coração corajoso,muitos outros que viram esta reportagem sentiram uma dor profunda ao verem aquilo que é hoje a vida ou devemos chamar-lhe sobrevivência dos nossos Pescadores.

Fico tristemente revoltado em saber que hoje, muitas familias de Pescadores recebem apoios do banco alimentar, das paróquias, das juntas de frequesia, dos outros cidadãos de bom coração e que lhes compram o peixe...Triste portugal onde chegaste... quase me cái uma lagrima ao falar sobre isto...

- Laura ficou sem nada, ficou com 113 euros mensais da morte do marido num naufrágio,depois do seu sogro e cunhado tambem terem sido levados pelo mar... homens como estes que sempre andaram no mar, e nunca tiveram direito a nada...

- Lidia vive hoje do pouco que o mar lhe dá...tem duas filhas. A mais velha quase todos os dias chora quando os seus pais saiem de casa pela madrugada, bem cedo...Pois tal como Laura, sabe que aquele pode ser o dia em que o seu pai poderá não voltar a entrar em casa...Pode ficar para sempre no mar...A mais nova todos os dias pede dinheiro para poder comprar um simples gelado no café perto de casa...dinheiro esse que não há na carteira da mãe...pois apenas tem 25 euros daquilo que ganhou hoje na faina e não sabe quando voltará ao mar novamente...pode ser já amanhã...pode ser só prá semana...pode ser para o mês que vem...

- A paróquia de sesimbra entregua todos os dias o pouco que o padre consegue ter para doar...muitos são mulheres, familiares e até os próprios Pescadores que lá vão receber algo para poderem comer... 400 euros têm que ser repartidos por pelo menos 4/5 familias... o que pode dar menos que 100 euros por mês a cada uma delas...

- O pouco peixe que é apanhado por vezes quase não dá para pagar as despesas das redes que se perdem, dos arranjos das embarcações... e assim se vive em portugal... uma terra de Pescadores...

- Os unicos que conseguem sempre safar-se são os intermediários entre a lota e os pescadores... mas não são eles que arriscam a vida no mar e passam dias seguidos sem dormir e passam pelo frio , chuva e vento...






È uma vergonha...

Lembro-me de quando era pequenino, todos os sabados bastava ir à Lota, o cheiro a sardinha e o barulho já se sentiam ao longe, o arrastar das cordas, a chegada dos pescadores que fazia brilhar os olhos de todos aqueles que os esperavam, uma unica familia em nome daquilo que é um marco da nossa terra...O Peixe fresco.



Já naquela altura era dificil a vida de um pescador...mas dava para viver, dava para sustentar uma vida apesar da dureza que aquela profissão representa.Sim, para mim foi e será sempre uma profissão, um emprego, uuma arte que se demora anos a aperfeiçoar e que na verdade nem uma vida chega para se aprender tudo...

- Pergunto-me o que estará mal para que tenhamos chegado a este ponto?

- O que foi feito no passado que prejudicou assim tanto o presente e que pelos vistos irá prejudicar ainda mais o futuro desta arte bastante antiga??

Os homens que vivem do mar, muitos deles dizem que não sabem ao certo a resposta para perguntas como estas...uma coisa é certa...muitas vezes foram avistadas embarcações estrangeiras a pescarem na nossa zona, sem que as tais fossem fiscalizadas...O preço do peixe que é vendido para a lota diminuiu... o próprio peixe que é apanhado hoje em dia na nossa costa tambem já não é o mesmo que era apanhado à 10 anos atrás, talvês devido ao licenciamento de muitas embarcações de arrastão que levaram tudo à sua passagem, destruíndo o fundo do oceano e acabando assim com muitos habitats naturais que serviram de reprodução para muitas das espécias unicas no mar português...O dinheiro que é preciso investir numa embarcação para que a mesma esteja completamente legal e pronta a navegar tambem se tornou num absurdo segundo estes homens que apenas querem trabalhar naquilo que sabem...

È uma arte que durante centenas de anos foi passada de geração em geração, que foi sendo aperfeiçoada e que agora mais que nunca está ameaçada...é uma parte da nossa história que está sendo dizimada com as constantes leis e restrinções.

È uma afirmação de um povo plantado à beira mar.

Durante todo este texto que escrevi, muitas foram as memorias que relembrei ao falar desta gente simples, de olhar reluzente e coração de ouro. Apesar de tudo existe sempre alguém que resiste em tempos de dificuldades, e quase todos eles ainda mantêm a esperança de que um dia tudo volte a ser como antes, quase todos eles ao perguntarmos se continuaram a ir ao mar, não hesitam em responder que sim!

È assim a força e o espírito dos Pescadores. Que tal como escrevi, merecem um “P” grande por serem uma parte grande da nossa cultura.

A todos eles e a vós meu povo, desejo que tudo melhore, e que um dia deixe-mos de ver noticias como estas que nos deixam tristes…

“Há três tipos de homens, os vivos, os mortos, e os que andam no Mar” - Platão
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24 de julho de 2009

Mais um CC, mais uma manhã de acampamento no Registo Civil; Parte II

Boas mais uma vez =) Peço muitas desculpas pela massada de ter de dividir a minha revolta, mas aqui vai mais disto!




Ora, havia chegado a hora do livro amarelo! Então dirigi-me ao balcão e consegui chamar uma das funcionárias. Expliquei a situação, 7h da manhã blá blá blá, a minha senha era a quarta blá blá blá, quase pancadaria e lá estava eu sem senha. A senhora com um ar de desprezo (fez-me lembrar o filme "Where is my car, dude?!" quando aquela caixa começa a dizer "and then?! and then?! and then?!") olhou para mim e perguntou-me: "e o que é que quer que eu faça???" e eu olhei para ela e disse: "E eu é que sei!? Já é o terceiro dia que cá venho, aguardo pacientemente a minha vez e agora tenho que ficar sem senha porque estavam 3 homens a purrada a volta daquilo!?" Bem como um griséu já estava a ficar verde assim como a minha mãe que foi ter comigo. Então para defender a sua cria pediu educadamente o livro de reclamações, e qual não foi o espanto quando ela nos responde


RC - "Mas eu não lhe posso dar o livro por causa disso!!! Que culpa é que eu tenho que as pessoas não se comportem?!"


Griséua - "Não me pode dar o livro?!?!?!!?!? Não mo pode é recusar! Eu é que não tenho culpa de não haver uma solução! Se o instuto de emprego tem um segurança porque não arranjam um? Tenho o direito de pedir o livro de reclamações para que as entidades competentes saibam do que se passa!!!!"


RC - "Você acha que eu tenho que estar de guarda ao que as pessoas estão a fazer?! Se limitamos as senhas é porque limitamos as senhas, se deixamos as pessoas tirarem as senhas a sua vontade é porque deixamos as pessoas tirar as senhas a sua vontade! Vocês é que não se decidem e acha que pode pedir o livro de reclamações que resolve tudo?!"


Griséua - [pensamento de boca aberta a olhar para a personagem] "MAS QUE M*!?# É ESTA?!?! 'TÁ PARVA A FALAR ASSIM COM UM UTENTE!!!!!! É AGORA QUE ME JOGO A ELA!!!!!"

Ainda bem que a minha mãe lá estava, mesmo assim já se estava a passar dos carretes.


Mãe - "Você não pode recusar o livro de reclamações tenha eu razão ou não. Estou a pedir-lho delicadamente, sabe que se não mo der posso chamar a policia."


RC - "Bem, vou falar com a "Doutora", porque isto não pode ser assim!"


Por amor de deus, man...... Eu é que quase levava purrada e aquela senhora ainda achava que tinha razão para estar chateada comigo porque eu queria o livro?!!?!?! Passado algum tempo lá vem ela a dizer que a "Doutora" queria falar conosco lá no seu escritório. Básicamente o que se passou foi o mesmo: "Não podem pedir o livro sem mais nem menos; Acha que eu tenho culpa que esses animais não se comportem; Era só o que faltava dar o livro prài assim..." Eu calei-me.... Limitei-me a olhar para ela de boca aberta a espera que aquilo se resolve-se porque os outros é que eram animais mas não sei quem estava a ser mais irracional!
Mãe - "Mais uma vez vou avisar que não me pode recusar o livro de reclamações. Se não querem resolver o problema (e agarra no telemóvel) vou telefonar a policia! A minha filha precisa dos documentos já é a terceira vez que aqui vem e tou a ser demasiado paciente! Mas o que vem a ser isto! Estar aqui desde as 7 da manhã e ir embora assim?! Vou chamar a policia e resolve-se já o assunto do livro!"
TXARAAAANNNNN!!!! Tinha acabado de descobrir as palavras mágicas: chamar a policia!
"Doutora" RC - "Então mas acha que é preciso chamar a policia?... Eu entendo-a perfeitamente, sei que é chato estar aqui estas horas todas e no fim não conseguir os documentos, entendo que a sua filha precisa dos documentos e que você está a defender os seus interesses, mas acho que não precisamos de chegar a esse ponto. As pessoas que estão ali fora são realmente animais, então fazemos assim: não preciasa chamar a policia. Amanhã de manhã, não precisa vir as 7, vem cinco minutinhos antes de abrir e a funcionária antes de mais alguém entrar chama a sua filha e ela é logo a primeira a ser atendida."
Mãe - "Garanto-lhe que se isto não ficar resolvido amanhã tem a policia aqui a porta."
"Doutora" RC - "Ah! Se calhar é melhor sair aqui pela porta de trás para não gerar mais conflitos. Eu saio sempre por aqui. Não vai ser preciso policia. Se precisar de mais alguma coisa..."
E assim foi. No dia seguinte cerca de 5minutos antes tinha a senhora do RC a chamar pelo meu nome e fiz o meu cartão do cidadão sem qualquer demora ou sarilho. Agora digam-me lá qual é a necessidade de ter que assustar as pessoas e ter que ser agressivo?! Não teria sido mais simples dar o livro para que se saiba o que se passa e talvez arranjar uma solução? Infelizmente, o medo move montanhas e é assim que este País anda. Basta dizer que se quer o livro ou que se chama a policia e tem-se o que se precisa! Revolta-me.....
P.S.: A história dos documentos ainda não acabou, eu devia era ter começado pela parte que quando fui lá a primeira vez para fazer o CC e não consegui aproveitei para perguntar o que precisava para o tirar, já que não tinha documentos nenhuns. A senhora disse que precisva dos B.Is dos meus pais. E se eles estivessem fora do país?! E se na pior das hipoteses eu não tivesse pais?! Descobri então que tinha que levar duas testemunhas para comprovarem que eu era mesmo eu!!!! What the F$%#?!?!!?!?!....... No dia seguinte do livro a "Doutora" disse que só era preciso o B.I. de um dos pais, e quando fui fazer a outra senhora perguntou-me porque raio eu não trazia o B.I. do meu pai também...... DECIDAM-SE!!!


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Um griséu perdido no restaurante do Pingo Doce

Estou revoltado, profundamente revoltado, avassaladoramente revoltado contra o restaurante do Pingo Doce.
Sinto-me um griséu pisado.
F*d@-s€ (mas que bem censurado hã?) que cada vez que lá vou perco-me no meio de tanta caixa de atendimento! Juro.
É sempre a mesma coisa, não houve um dia que eu fosse lá, em que eu e mais 2 ou 3 tristes iguais a mim, não nos perdessemos entre as inúmeras caixas de atendimento. Haver muitas não é o problema, é que cada uma tem a sua finalidade.
Funciona da seguinte maneira:
Um griséu desloca-se ao restaurante do Pingo Doce para uma refeição rápida, confortável e sem ter que lavar pratos e nem aparecem indianos a vender rosas.
Existem N caixas de atendimento, uma para a pastelaria, outra para a comida fria, outra para comida quente, outra para comida a peso, outra para pizzas, outra para saladas, outra para shots de absinto, outra para olhos de borrego fritos em azeite, outra para bolímicas, outra para anoreticas, outra para ciganos, há até relatos de que os homenzitos de olhão que se põem sempre ali entre as praças a vender polvo seco e sapateira já lá tiveram uma caixa de atendimento.
O que acontece é que, se por exemplo eu quiser digamos... frango assado e salada, tenho que ir pagar a duas caixas diferentes. Se for um bife quente, com arroz que ja só há frio, com salada e um pastel de nata, tenho que me dirigir a 3 ou 4 caixas para poder pagar tudo.
Às vezes vou com a minha dona lá comer, ela pede comida a peso de um lado, com salada lá do outro lado, e eu só quero uma pizza e mesmo assim perco-me!..

Não seria mais fácil, sei lá... haver 2 ou 3 caixas, ou vá lá, mesmo que fossem 4, mas que fossem todas para atender todo o tipo de pedidos?
Depois sei lá, a empregada que atendesse o cliente registava o pedido e redireccionava-o para cada secção do dito restaurante.
Pagava-se tudo no mesmo sítio e o cliente saía de lá satisfeito.

Assim os otários como eu escusavam de andar lá de um lado para o outro tipo formigas à procura de qualquer pedacito de comida que não seja preciso ir pagar a muitas caixas diferentes.
Não sei, digo eu... mas eu sou apenas um mero griséu.
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A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone #1

Sigam as aventuras e desventuras de kross, um simples griséu que queria inocentemente adquirir uma bicicleta e de súbito viu-se emaranhado nas teias da malvada Sportzone.
Prólogo

Era uma vez, na idade média, numa terra não muito longínqua, uma criança de 25 anos chamada kross que aprendera a andar de bicicleta (emprestada), e que decidira adquirir uma própria. Não pertencendo à classe Nobre ou Real, e descendente de famílias de classe baixa, Kross não tinha como pagar uma bike. A única maneira seria compra-la a prestações, pelo que se dirigira à Sportzone.
Uma vez dentro da loja pasmara-se ao ver dezenas de clientes a deambular pelos seus corredores, tudo a experimentar, a escolher, a procurar, a pagar. Pusera-se na fila do atendimento e esperara a sua vez. Quando chegara a vez, perguntou à funcionária o que seria preciso para poder pagar uma compra a prestações, e fora redireccionado para outro colega, que lhe indicara qual o colega a quem o deveria perguntar, que finalmente lhe dissera os documentos que deveria trazer.
Kross interrogara-se sobre o que lhe esperava, uma vez que apenas para saber quais os documentos precisos, tivera que falar com 3 pessoas diferentes.



Parte 1: A Irmandade do Cartão Cliente Sportzone











No dia a seguir, já com os documentos pedidos, Lá fora o griséu kross ao forum mais a sua maria, que estava cansada e ficara na carroça, nos estábulos do mercado, a ouvir o best of Michael Jackson.
Kross dissera-lhe que iria num pé e voltaria noutro.
Chegado à loja, passara por dezenas de bicicletas, de todas as cores, umas para rapaz, outras para rapariga, umas com suspensão atrás, outras com porta-bagagens, e finalmente decidiu-se por uma Torah 3.0 Disc, que custava já naquela altura 250 moedas de ouro, e perguntara a um funcionário o que seria preciso para poder comprar e pagar mensalmente, ao que o funcionário respondera: "Só necessita de vender a alma à Sportzone e aderir ao cartão de crédito de cliente".
O griséu perguntara, para confirmar: "É só isso?" Resposta: "Sim".
Dirigira-se então ao balcão para fazer o cartão.
Pusera-se na fila para ser atendido por uma funcionária, que rapidamente o redireccionara para outro colega, e depois para outro ainda. Kross explicara a sua situação ao funcionário (aliás, aos funcionários todos entretanto) e dissera que queria comprar aquela bicicleta, de 250 moedas de ouro. Foram-lhe pedidos vários documentos e comprovativos, tudo entregue prontamente pelo griséu. Passaram-se 10 minutos, depois outros 15. Kross começara a preocupar-se com a esposa que se encontrava sozinha na carroça e a levar uma lavagem cerebral de música do autor de Thriller.
"Ah e tal agora tem que aguardar, ELES vão ver se aceitam o seu pedido" - dissera o 6º funcionário (ou seria já o 7º? Kross ja teria perdido a conta).
Mais 15 minutos passaram e o processo de aderencia ao cartão fora aceite por ELES.
"Qual é a bicicleta que pretende adquirir?"
"A Torah 3.0 preta que tem ali."
"Ah mas essa custa 250 moedas de ouro! O plafond do cartão cliente é apenas de 150!"
"M-m-mas... o seu colega disse que só era preciso fazer o cartão e mais nada... então o que é preciso para poder pagar a bicicleta?"
"Ah espere, vou chamar outro colega."
Mais tempo passara e o griséu interrogara-se sobre quantos colegas trabalhariam naquela loja. Chegou o dito colega, de camisola azul escura (um posto mais elevado, pois os empregados rasos usam cor-de-laranja).
"Ah sim, tem que trazer ainda mais 1 documento."
"Hhmm... então ainda não é hoje que levo a bike?"
"Lamento mas só se tiver o comprovativo de morada."
"Ah fixe, obrigado pelo seu TEMPO."
Voltara apressadamente e de mãos a abanar para a sua carroça, onde lhe esperava a mulher, cuja paciência se tivera esgotado e no lugar dela apenas se encontrava ira, que brotara devido a 60 minutos consecutivos de Michael Jackson greatest hits.

Fim da parte 1.

Ver também:
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 2
A Encruzilhada para comprar uma bicicleta na Sportzone Parte 3
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Café do Griséu #6




É um café com cheirinho SFF!!!!
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Smells like Ria Formosa














Ora então não é que hoje quando entrei dentro do mini-bus a caminho da baixa da cidade, após ter pago o bilhete, sentei-me lá atrás e à minha frente ia uma senhora aparentando cerca de 65 anos e um puto com cerca de 4 aninhos daqueles mesmo terroristas!

Lá ia eu e no momento em que o mini-bus passou junto ao Hipermercado Modelo, sentiu-se um pouco daquela bela brisa vinda da ETAR e durante esses segundos de passagem oiço algo assim:

Miudo: "- Òlha vó!! aqui é o Modêle! agente vames lá?"

Avó: " (sorrindo enquanto olhavam os dois para fora)- Nã mê queride, Àvó vai lá ênbáixe à praça comprar pxínhe pró almôçe!

Miudo: "peixinhe?! hhmmmmmmm que bom!"

Um aparte: temos que admitir que hoje em dia é um pouco dificil ouvir um puto dizer "HHHMMMMMMM QUE BOM!" após saber que vai comer peixe cozido...(supondo que seja cozido) isto é um exemplo raro...lol eu diria:" è mesmo filho da terra" lol

Continuando...

EM seguida, sente-se a "tal Brisa" e nisto ouve-se:

Miudo:(fazendo cara de quem tinha mordido um limão e falando de uma maneira traquina): "Cheira mal vó! deste um pum?!!!


Avó:(olhando em volta como que tentando perceber se alguem mais ouviu)" - ò filhe! isse nã se diz!! È fêi! (sorriu em seguida)É lá de fora na vês?!

E eu tentando desfarçar o riso...


Estado actual da Ria na zona do T


Miudo: (olhando para a avó enquanto tapava o nariz com os dedos)- Deste um Peido!ahah cheira mal! tu deste um peido!deste um peido!

E nisto eu não aguentei e desatei-me a rir.....

Vejo então a avózinha toda corada olhar em volta e ver os restantes passageiros começarem a rir, o miudo não parava de dizer aquilo e ela vira-se para todos e diz:

"voçês tã a ver o quÊ ature?!! Este môçe dum rái faz-me criar cabêles branques!Este Leal nunca má faz nada a este xêre a mer#$! è uma vergonha! Nem nu têmp da SAFOL xêrava assim Mê Deus!"

E ali estava uma avó revoltada com aquela situação...e com razão, pois se o cheiro a mer#$ já não existisse, nada daquilo tinha acontecido...

Só vos digo que nem chegaram à paragem nas praças...desceram no terminal e foram a pé...lolol

Estado actual da Ria na zona do moinho da horta da Areia


Senti-me revoltado e tive que partilhar isto com voçês meu querido povo.

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21 de julho de 2009

Mais um CC, mais uma manhã de acampamento no Registo Civil; Parte I

Boas tardes senhores e senhoras! Ora aqui estou eu para a minha primeira revolta como "Griséua" =) revolta para com os serviços públicos de Olhão e não só.



Aproveitando a boleia do Griséu Ilho, quero partilhar convosco a minha pequena aventura com os serviços públicos do Registo Civil (RC, acabei de inventar para ser mais fácil) e IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres [instituto da mobilidade?!]).



Ora encontrava-me eu no casino de Vilamoura para assistir a gala da Miss Algarve+ na qual participava a namorada de um dos griséus, Kr0ss. A je resolveu ir toda "pipi" então a minha mala de gaja gigante e cor-de-rosa teria de ficar no carro, no porta-bagagens. Mas não..... deixei-a mesmo no banco do passageiro. Calculo que já estão a imaginar o que aconteu a seguir.... O vidro do carro estava partido, a mala tinha ido arejar e com ela todos os meus documentos, como o bilhete de identidade, o cartão de contribuinte, o cartão de utente, a carta de condução e o cartão do multibanco e mais algumas coisas. Apresentei queixa (em que me pediram para fazer uma lista de coisas de valor que estariam na minha mala.... IMPOSSÍVEL!!! Sou gaja! Toda a tralha que estava lá dentro era preciosa e lá me lembrava eu com a pilha de nervos que tinha.... É pedir coisas difíceis...) e muito prontamente os senhores da GNR disseram-me que poderia telefonar do posto para a linha 24h do banco para anular o cartão. Desolada lá telefonei e depois de tratar de tudo com uma prestavel senhora descobri que depois de ter sido assaltada, não ter um tostão comigo e ter cerca de 10€ na conta iria ter de pagar uma taxa de 7€ e tal para pôr aquele cartão na lista negra.... COM MIL MACACOS!!!! Isto tudo porque o cartão era velho e não tinha chip, porque senão não teria de pagar nada.....! Se nada tinha, com menos ainda fiquei =) Ainda no posto descobri também que a declaração que recebi assinada e carimbada pelos guardas não era válida para apresentar caso me pedissem os documentos, ou seja, se eu não tenho documentos posso ser multada, se mos roubaram e tenho um papel comprovativo da queixa também posso ser multada. Afinal o que raio poderia eu fazer?!.....



Bem, agora vem parte melhor! A parte em que fui fazer novos documentos. Na verdade, desleixei-me um bocado com isso, deixei passar algum tempo. Por um lado até foi bom, porque graças a esse tempo que passou dei tempo ao Estado para que tornasse possível pedir uma 2ª via da carta de condução através da internet, entre outros variados serviços do IMTT. Mas esta ficará para uma próxima, para poder consultar todos os dados que apontei e não vos induzir em erro.


Ora, sobram então o bilhete de indentidade, o cartão de contribuinte e o cartão de utente. Pois tal como o griséu Ilho, sabia que aquilo abria lá para as 9 da manhã então aí as 10 e tal da manhã lá estava eu, e qual não foi o meu espanto quando descobri que não haviam senhas! Então dirigi-me ao balcão para saber o que se passava. Fui então esclarecida de que como o serviço estava com pessoal reduzido porque estavam numa formação não davam mais de 10 senhas por dia. Ora se aquilo funcionar 8h por dia dá 1.25 pessoas por hora!!! Mas porque raio é que se leva tanto tempo a introduzir nome, morada, blá blá blá, num computador?!?!?!!?!?! Hein?! Não sei..... Mas consigo entender quando vemos as empregadas da função pública com aquelas caras de indignadas a olhar para o monitor do PC.... Enfim. Tive que voltar no dia a seguir e às 9h quando lá cheguei encontrei o mesmo cenário, NÃO HAVIA SENHAS!!!! Já sem muita paciência fui saber porque é que mais um dia não tinha senha, e só haviam 10 senhas e tinha que ir mesmo acampar para a porta do RC. Mais uma manhã......... Decidi dar a última oportunidade. A minha Avó ofereceu-se para ir para lá as 7 da manhã, e quando lá chegou era a quarta pessoa. Ela esteve lá até as 8h e eu apareci as 8.30h e a senhora nº3 sabia que eu era a 4 pois identifiquei-me como sendo a neta da senhora (a minha Avó já tinha combinado com ela que eu chegaria pouco depois). Toda a gente concordou por uma questão de princípios que eu seria a quarta pessoa. Finalmente as 9h. Se havia uma ordem por que estúpido motivo toda a gente se ensardinhou contra a porta?! Se toda a gente sabia que havia uma ordem porque raio quando as portas se abriram correram todos para a cena das senhas e depois das primeiras 3 senhas 3 grandes homens ou animais se ajuntaram à volta daquilo e quase me esmurravam porque eu queria tirar a quarta senha?! Ora, era demais para mim, simples "griséua"! Tinha chegado a hora do LIVRO AMARELO!!!!

Esta história é bastante comprida, portanto, NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO!!!!

Ver também:
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O enrolamento do cartão de cidadão e das unhas dos pés


Venho por este meio comunicar o minha maior revolta momentânea, mas porque raio é que as unhas dos pés crescem? Não olho muito para os meus pés, mas agora de desviei o olhar para cima do ecran do portátil (enquanto ia escrever sobre a minha revolta ao que é tirar o raio do cartão do cidadão) reparei numas cenas que se estendiam para além dos dedos dos meus pés. Pensei "D*ss já enrolam e tudo, para que raio quereria o homem primitivo unhas que enrolam... para ajudar a subir as árvores?" (tal como o C.C., pois quando se vai tirar o dito, existe um sistema de senhas para evitar filas e complicações! Até aqui tudo perfeito mas depois a coisa enrola. (Ilustração de uma unha do pé à esquerda.)



Para tirar a senha ja existe uma fila enorme horas antes de (sim acabei de fazer paragrafo dentro de parenteses) abrir o registo civil, com grandes sessões de pancada á Terence Hill e Bud Spencer, para TXARAM tirar a senha que iria impedir a fila e as complicações. Tudo isto porque so se atendem 40 pessoas por dia, quer haja ou não tempo para mais. Visto que aquilo abre as 9 ou 10 não me lembro bem, fecha as 16 e 80% das pessoas desistem de esperar devido a cada cartão demorar cerca de 1 hora a fazer, dando assim uma fantástica estimativa de 8 C.C.'s por dia. A unica forma de o conceguirem fazer é seguirem o meu exemplo: chegam as 15:59 em ponto sentem-se confortáveis até perguntarem: "Falta alguém?", apareçam ao balcão e digam: "ja não havia senhas as 09:01 mas decidi tentar na mesma." e então algo de espantoso acontece. Devido à vontande fantástica que o trabalhador da função publica tem de trabalhar são despachados em menos de 10 minutos e vão para casa descansados sabendo que apenas perderam 15 minutos do vosso tempo, sem senhas e sem complicações.)



Agora que cortei as unhas aproveito: Na minha primeira de 5 tentativas para tirar o C.C. vi dois senhores em frente a um balcão vazio, que era o do registo automovel, a segurar uma senha. Depois de meia hora de espera aparece a única senhora encarregue daquela secção a perguntar se os senhores ja foram atendidos... Os homens educadamente dizem que não. "Que numero é que têm?" pergunta a senhora ao qual repondem "51" e aí ela faz mais uma pergunta ainda mais avassaladora: "Que numero é que diz aí em cima?". Os dois senhores inclinam a cabeça para tráz olhadando para o painel com um ar incrédulo e repondem: "50". A senhora pede para aguardarem um momento, olha para a sua bancada, preciona o botão que avança para o próximo numero. "Pânnn" Aparece no painel o numero 51. "Digam o que desejam?" Outra coisa que me chateia são calos! Mas isso fica para depois.
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16 de julho de 2009

Praticar o amor sem permissão

És feio como um balde de chocos?
Ficas atrapalhado ou embasbacado quando estás perto de uma bela dama?
Tropeçaste e caíste em cima de uma poita de cão ao aproximares-te 'daquela' rapariga?
És pobre?
És o João Garcia?
Então apresento-te a solução!

Testado e comprovado por centenas de xungas em todo o país! (Solução funciona apenas em Portugal)
Se fores homem, entre os 25 e os 35 anos, xunga e socialmente activo, podes testar a nossa solução para praticares o amor com 7 (depois explico porquê 7) beldades à tua escolha, nenhuma gaja é intocável!

Em Portugal, aparentemente, foi aprovada uma lei que permite ao violador abusar sexualmente de até 7 raparigas, totalmente grátis e sem encargos de qualquer espécie. Aqui ficam os testemunhos das vítimas. Quer dizer, felizardas!


SANTA COMBA DÃO
Uma mulher de 28 anos foi roubada e violada por dois homens numa paragem de autocarros de Santa Comba Dão, no dia 3 de Julho.


PAÇOS DE FERREIRA
Três homens sequestraram, roubaram e violaram uma mulher a 24 de Junho em Riba de Ave, em Paços de Ferreira.

VISEU
No dia 23 de Junho, uma rapariga de 16 anos foi agredida e violada por dois homens quando fazia corrida no Complexo Desportivo do Fontelo, em Viseu.

TURISTA FOI ATACADA NA PRAIA
Uma turista escocesa de 19 anos queixa-se de ter sido violada e roubada por dois homens, na praia da Batata, em Lagos.


Completamente testado, comprovado e absolutamente gratificante, este novo método deve a sua fiabilidade ao lindo estado do nosso país, pois cá apenas 12% dos violadores são realmente condenados! E ainda por cima nem todos os tristes que fizerem parte dos 12% chegam a por o cu na prisão. E ainda por cima do ainda por cima, mesmo que for preso, como provavelmente só vai ficar 4 meses a um ano (por bom comportamento ou outra desculpa qualquer) pode aproveitar para partilhar as suas experiencias e aprender novos truques com os seus colegas na prisão, para voltar cá para fora e utilizar técnicas novas!





Um estudo desenvolvido pela ‘Child & Woman Abuses Studies Unit’ e pelo Instituto de Medicina Legal de Lisboa indica que apenas 12% dos violadores em Portugal são condenados. A razão de serem 7 vítimas (digo, seleccionadas), é que 100% a dividir pelos 12% equivale a 8,3 casos de violação, arredondado para 8, o que significa que se se violar 8 felizardas seleccionadas, tem-se 100% de ser condenado, mas se forem apenas SETE... o mais provável é ficar-se em liberdade, ou vá lá, apresentar-se uma vez a cada duas semanas na esquadra local, o que será uma maçada... mas tudo vale a pena quando a nalga (quer dizer, alma!) não é pequena.
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15 de julho de 2009

Café do Griséu #5

Ora então vamos la descontrair neste belo Café ;)

ja dizia o Zeca - "O que faz falta é animar a malta"




É uma mini e um pratinho de tremoços sff!!!
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14 de julho de 2009

"Corram-nos à pedrada"


Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi condenado por ter incitado a "correr à pedrada" vigilantes da natureza.
Disse este senhor, numa Assembleia Municipal, a seguinte declaração: "Arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada. A sério, nós queremos gente que nos ajude e não que obstaculize o desenvolvimento. Estou a medir muito bem o que estou a dizer".

Mas que belo exemplo de um presidente, não só da Câmara de Viseu como também da ANMP.
Eu até gostava de ver isto acontecer, pelo menos teríamos uma desculpa para correr à pedrada muitos responsáveis de municípios que por aí andam, se o presidente deles podia, nós também não?
Ou então se é esta uma forma de fazer política, também poderíamos adoptar este sistema nas eleições. Os candidatos todos encostados a uma parede e aquele que levasse com menos pedras era eleito. Seria mais divertido para o eleitorado e ainda se resolvia o constante problema da abstenção pois toda a gente haveria de querer testar a pontaria.

Para piorar, este senhor não se encontra arrependido do que disse. Na altura afirmou "Estou a medir muito bem o que estou a dizer" mas depois quando foi confrontado com a gravidade da afirmação explicou que falava em "sentido figurado". Obviamente! Os "galos" com que os vigilantes ficariam na cabeça seriam apenas em sentido figurado, é óbvio que não seriam galos verdadeiros, apenas uns pequeninos hematomas, nada de especial. Com sorte ainda abriam a cabeça ao meio... em sentido figurado claro.



O que também me despertou curiosidade nesta notícia foi o facto de o procurador da República (das bananas) dizer nas alegações finais que nunca foi explicado o sentido real da expressão "corram-nos à pedrada".
É preciso explicar?! Ok, eu dou uma ajuda a essa gente e deixo aqui um simples joguinho para ver se conseguem perceber. Se mesmo assim não perceberem pelo menos experimentam um jogo diferente do solitário.

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13 de julho de 2009

Toureiro morre com uma cornada



"Um toureiro morreu com uma cornada no pescoço durante as festas de São Firmino, em Pamplona.


Os médicos do Hospital de Navarra, onde foi operado de urgência, ainda o tentaram reanimar mas o seu estado era “crítico”. Uma hora depois, o toureiro tinha morrido."

Contactado pelos griséus, os médicos contam que: "Tentámos reavivá-lo mas cedo nos apercebemos que o estúpido já tinha sofrido morte cerebral há decadas, razão pela qual estava no dito dia em frente a um touro na festa de São Firmino."

É caso para dizer: Toma lá que é para não seres parvo.
A única coisa que realmente acho lamentável, é o facto de o TOURO estar preso!!!

"O touro foi um dos que mais perigo criou nas ruas de Pamplona e está preso depois de ter entrado para a história negra das festas de São Firmino."

Isto é que me deixa revoltado.
Outra notícia de hoje diz que um Português faz-se de agente secreto, pediu ajuda à polícia para travar terroristas, mas só queria o dinheiro que estava em duas casas que pretendia assaltar.
A juíza que ouviu o suspeito decidiu libertá-lo sob uma fiança de 15 mil euros até à data do julgamento.

Ou seja: Um touro libertado por humanos numa praça, a propósito de um festival estúpido e perigoso, que apenas se rege pelo seu instinto de sobrevivência, é preso por aleijar um otário que estava no caminho. Mas um criminoso, ladrão, impostor (e português) fica à solta!

Não percebo, juro que não percebo!

Qualquer dia o boby da minha namorada, já zarolho e meio surdo, vai correr atrás de um ciclista daqueles mariquinhas, com calçoezinhos de licra e tudo, a ladrar para ver se o gajo se torna menos panasquinhas, e vem do ar um superbófia de parapente de pistola em riste e algemas preparadas para deter o pobre canino, enquanto lhe lê os direitos e lhe dá um enxerto de porrada, ao mesmo tempo que passa ao lado uma mãe que matou o filho que logicamente, ficou em liberdade (pena suspensa, mas é quase a mesma coisa).
Já imagino o coitado do boby a chegar de açaime cor-de-laranja e com os nºs de registo prisional, a passar por celas com dobermans veteranos em morder o carteiro, bulldogs espalhadores de carraças e canixes que ganem dentro de apartamentos.

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11 de julho de 2009

Sala de espera das finanças de Olhão


Ontem fui às finanças. Adivinhem qual o meu estado de espírito quando saí de lá... exactamente, revoltado.
Assim que entrei fiquei meio aluado pois aquilo está bem diferente desde a última vez que me lembro de ter lá ido.

Como praticamente todos os serviços públicos hoje em dia, têm um sistema de senhas por categorias e à partida fazem muito bem, pois assim uma pessoa tira a senha e senta-se ou vai apanhar ar até chegar a sua vez, não tem que estar imenso tempo em pé numa fila.

O problema lá nas finanças é que pelo menos ao inicio este sistema é um bocado confuso. Têm senhas com categorias de A a J, uma mão cheia de categorias.

Eu ia pedir uma declaração de como não tenho nenhuma actividade declarada e assim que chego lá sinto-me estúpido e ignorante por não saber que senha tirar. Dou uma vista de olhos pelo painel da máquina à procura de uma categoria que dissesse Declarações, Certidões ou qualquer coisa parecida...
Leio IMI, IRS, IRC, IVA, Nº Contribuinte, Execuções Fiscais, etc. e sem saber o que escolher. Até que na letra J vejo lá "Impressos" e decidi retirar essa senha.
Segundos depois fico menos aluado e noto que está ao lado da máquina um cartaz com informações mais detalhadas sobre cada categoria e penso "sou mesmo estúpido". Uma vista de olhos pelo cartaz e reparo que na categoria I diz lá "Declarações" e retirei logo a senha correspondente convencido de que era a correcta.
Ao ficar ainda menos aluado e olhando novamente para o cartaz vejo que em várias categorias dizia "Declarações" mas nada explicito para aquilo que eu queria, volto a ficar na dúvida e a pensar "Irra que sou mesmo estúpido", pelo sim pelo não decidi tirar mais uma senha, desta vez da categoria D - IRS.
Ou seja, tirei 3 senhas, por ignorância minha, eu sei, mas aquilo também não é muito explicito.
Para não ficar mal visto tentei manter um ar de quem até sabia o que estava a fazer.
Pouco depois aparece no painel electrónico o nº de uma das minhas senhas, a da categoria I pois havia pouca gente para essa secção. Pensei "isto até é rápido", dirijo-me ao balcão indicado e digo o que pretendo, a funcionária diz que não é com ela, fica também na dúvida e decide reencaminhar-me para a categoria D dizendo-me que quando for a minha vez aparece no painel DI 008.

Regresso para a zona de espera e observo um rapaz que acaba de entrar e que também fica sem saber que senha retirar com uma cara de embasbacado. Por acaso retirou também a senha da categoria I e mal ele pega na senha aparece no painel electrónico o nº dele. Fica parado largos segundos a olhar de boca aberta pro painel, depois olha pra sua senha e volta a olhar fixamente para o painel durante mais alguns segundos. Eu penso pra mim "bem eu sou estúpido mas ainda disfarço, este gajo não disfarça nada, é mesmo estúpido". Uma senhora que estava também a observá-lo lá lhe diz "Acho que é a sua vez". Lá vai ele embasbacado, também tirou a senha errada e foi também reencaminhado para a categoria D, teria que esperar pelo nº DI 009. Assim que ele volta à zona de espera aparece no painel o nº DD 009 e la vai ele novamente embasbacado ao balcão até que lhe explicam melhor que a sua senha é DI 009 e não DD 009.

Passado sensivelmente meia hora constatei que ainda ia demorar algum tempo lá pelo que decido ir logo à Segurança Social pedir uma outra declaração que precsava. Na Segurança Social, apesar de ter muito menos gente que nas finanças, tinham uma funcionária ao lado da máquina das senhas para ajudar os utentes a retirar a senha correcta. Sou prontamente atendido, dão-me a certidão e vou-me embora maravilhado. Ah e não tive de pagar nada.

Regresso às finanças, assim que entro reparo que o tal estúpido continua a olhar embasbacado para o painel a tentar perceber o funcionamento daquilo. Enquanto espero vou reparando que muita mais gente chega lá e não sabe que senha retirar, uma senhora tenta pedir ajuda a outras, duas velhas que se confundem com o nº do balcão a que se devem dirigir, um senhor resmunga entre dentes "este sistema está muito pouco explicito", outra velha que resmunga com outra mulher dizendo que tinha chegado primeiro que ela. Ah e o estúpido continua de boca aberta a olhar em redor, como se tivesse vindo de outro planeta e veio parar a um mundo completamente diferente e esquisito. Começo a pensar que afinal eu não era o único ignorante e que aquela situação quase que era merecedora de vir para o blog pois também o painel electrónico era um pouco confuso, principalmente para pessoas mais velhas o que me fez questionar quem teria sido o "paineleiro" que o projectou.

Quando finalmente sou atendido, peço a tal declaração, o funcionário entrega-me dois papeis (nem olhei bem pra eles, pensei que fosse a declaração) e diz-me "Agora você tem de esperar que volte a ser chamado para pagar isso, irá aparecer o nº JI 008". Fiquei a interrogar-me porque é que não poderia ter pago logo a ele e ficar despachado mas pensei que fosse alguma norma de segurança com excesso de rigor. Passados 10 segundos aparece no painel o nº GI 008, fiquei novamente na dúvida pois o homem tinha dito claramente JI 008 (ou seja, J e não G) mas concluí que ele se tivesse enganado.
Bem, agora é que vai começar a revolta. Quando reparo no nº do balcão ao qual devia ir, qual não é o meu espanto quando vejo que é o mesmo balcão onde tinha sido atendido!! Ou seja, o funcionário atendeu-me e fez-me levantar da cadeira para voltar lá 10 segundos depois para pagar!!!! Aí fiquei eu completamente embasbacado e vou então perguntar ao funcionário que entretanto já estava a atender outra pessoa:
"Desculpe, você disse que me iam chamar pelo nº JI 008?"
"Sim, já devem ter chamado"
"É que além aparece é GI 008, por isso fiquei na dúvida"
"E qual é o balcão?"
"Além diz que é este"
O funcionário olha em redor, vê uma colega sozinha e pede-me "vá pagar ali à minha colega".
Cada vez mais embasbacado, começo a pensar "Acho que vou mesmo falar disto no blog". Depois de pagar já estava eu todo contente que me ia embora quando a funcionária me diz "Mas você agora ainda tem de voltar ao balcão do meu colega para ele lhe dar a declaração, isso aí é apenas o comprovativo do pagamento". WOW! Afinal ainda não estava safo.
Aí cheguei à conclusão "ok, isto vai mesmo para a revolta dos griséus".

Porquê complicar o que é simples?! O primeiro funcionário podia-me ter dado logo o documento, eu pagava-lhe também logo e pronto, menos um utente e a sala de espera mais vazia. Mas não, uma pessoa tem de andar lá de um lado pro outro sem se perceber porquê, não admira que aquilo seja tão demorado.
Já nem falo do facto de ter que pagar quase 5 euros por um simples papel, acho exagerado mas pronto, há casos bem piores, talvez se fale nisso num futuro post.
Acho que também podiam muito bem seguir o exemplo da Segurança Social e ter alguém disponível para ajudar os utentes a tirar logo a senha correcta para o serviço que pretendem, evitavam muitas confusões e que tenham de estar constantemente a reencaminhar depois as pessoas e estas terem que estar novamente à espera.

Passado quase duas horas de ter entrado, lá me vim embora a pensar "E o burro sou eu? O estúpido sou eu?"
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Café do Griséu #4

Apresento-vos a versão feminina do ilustre Rei Quim Barreiros!

Não se deixm enganar pelo nome da musica...




È um bitoque se faz favor!!
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10 de julho de 2009

João Garcia e a Ria Formosa

João Garcia cumpriu esta sexta-feira mais um objetivo rumo à conquista das 14 montanhas mais altas do Mundo.


O alpinista português atingiu o topo do Nanga Parbat (8.125 metros), no Paquistão, naquele que foi o 13.º cume acima dos 8.000 metros e ficou agora a um pequeno passo de se juntar a um lote restrito de alpinistas que atingiram os 14 picos mais altos do mundo.
Fonte: jornal O Record.

Fica agora a faltar um único desafio, talvez o mais importante e difícil de todos, escalar a merda toda que o governo portugês tem produzido nos últimos tempos, nomeadamente nas áreas da economia e da saúde.

Em conversa com os griséus, Garcia também contou que: "Cheguei lá acima, vi a linda paisagem que me foi proporcionada (...) e senti uma brisasinha a passar, que me trazia um cheirinho a nojo. Fui ver, então não é que era a Ria Formosa, que dava para cheirar desde o cume?! Telefonei logo para a Cãmara de Olhão a avisa-los da situação, ao que me foi respondido, 'Oh miga, só uma brisasinha? nã te apoquentes, pera pelo fim da tarde, que vais ver o qué bom p'á tosse.' Achei estranho, e depois, desci."


(João garcia a telefonar à CMO a avisar do cheiro da Ria Formosa. PS: Vejam como ele torce o nariz perante o fedor.)



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Agora é que é...







Fiquei chocado…estúpido… estupefacto… parveado (verbo “parvear”...lol)



Agora é que isto vai mesmo prá frente…

Segundo esta notícia, parece que é desta que vamos ter autênticos super-homens do parapente. Agentes da PSP a efectuar uma maior e melhor vigilância de zonas balneares, itinerários rodoviários congestionados e, em ambiente urbano, concentrações, desfiles, eventos desportivos, além de busca e salvamento em ambiente não urbano utilizando adivinhem o quê?? É isso mesmo, PARAPENTE!!! FANTÁSTICO!!!!

Já estou a imaginar um belo dia quente de verão numa praia qualquer, às três da tarde,um calor de estrelar ovos na careca, naquela zona mais afastada, uma Tia está muito bem instalada na toalha junto às dunas e no momento em que se levanta para ir dar a sua mijinha nas dunas (sim porque é tudo gente fina mas na hora da verdade somos todos iguais), levanta-se e mal baixa a cuequinha e arreia as ancas enquanto olha em volta para ver se existem mirones, eis que surge dos céus uma voz tipo megafone: “- POLICIA!! A SENHORA ENCOLHIDA ATRÁS DAS DUNAS DE BIKINI VERDE LEVANTE OS BRAÇOS E NÃO SE MEXA!!” enquanto se ouve uma sirene e toda gente corre para ver o que se passa, a Tia olha para cima e já toda borrada de medo larga a cuequinha da mão, deixa-a cair mesmo em cima da poça, de pernas abertas e xiquitita à mostra olha boquiaberta e vê um enorme papagaio com um homem fardado de azul e com botas da tropa parecendo o capitão América versão pára-quedista, ele desce rapidamente, faz uma razia à duna, aterra, tira as corda dos encaixes e seguindo em direcção as dunas vai tirando o seu bloquinho de notas e a sua esferográfica do bolsinho da camisa enquanto coloca os seus óculos à TopGun, aproxima-se da Tia que já se encontrava rodeada de mirones, curiosos e paparazzis e diz-lhe educadamente:
“- Boa tarde minha senhora! A senhora tem noção de que infringiu a Lei Para a Protecção das Dunas e a Lei das Posturas Municipais ao urinar em plena duna do Parque Natural da Ria Formosa?”
Balbuciou ela: “-Mas mas…mas..qué´quê´fiz???” ( tremendo das pernas, escorridas por fios de chichi, suada e descabelada)
Diz-lhe o Capitão Salvador das Dunas: “-A senhora vai ser autuada em 150 euros pela infracção cometida, tem 8 dias para ir pagar na Esquadra e a partir do oitavo dia terá que se dirigir à Câmara Municipal.”
Pegando no seu bloquinho com o seu ar de durão, risca aquilo de uma forma concreta e rápida, retira o tiquet e deixa-o pendurado na parte de cima do bikini da Tia que já com uma lágrima no canto do olho,olha à sua volta e diz gaguejando: “-Obbb…brrigado”
Com o serviço efectuado, ele pega no seu “Boing 747”, dá duas vezes à corda, dois pontapés e uma corrida e segue o seu caminho com o sentimento de missão cumprida e de sorriso na cara. :D
Pois é…mas agora falando de coisas sérias e porque isto é algo que realmente me preocupa não só como griséu revoltado mas também como cidadão português, deixo aqui algumas questões…

Será que é mesmo necessária esta coisa dos “Agentes Voadores”?


Será que isto não passa de mais uma pipa de massa que o Estado vai gastar em equipamento que “não rende” ao invés de comprar coletes, carros, arranjarem as instalações e afins necessários no dia-a-dia?






Será que tudo isto não passará apenas de mais uma manobra para enganar o povo e deixá-lo a pensar "Ah e tal,afinal a Policia até tem mesmo efectivo suficiente nas Esquadras!" apesar de ser mais que visível a falta de homens na rua?

Será que já não chega de andarem a brincar com a segurança de todos os portugueses e em vez de alterarem o Código Penal e Processual conforme convêm apenas a alguns arguidos que o Estado deveria indemnizar após certos Processos que chocaram o País, alterarem de modo a que muitos dos criminosos que fazem da prática reiterada de crimes a sua vida, passassem uns tempinhos em preventiva ou até mesmo a efectuarem trabalhos comunitários que fossem úteis para a nossa sociedade?

Será que não dá para isso?

Opá válá!!Só uma vez...

ok ok já vi que não, desculpem-me...sou apenas um griséu.
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SSSSLLLAAAAPPPP CATRAPPPUUUMMM!!

















Ontem de manhã assisti a algo que me revoltou!Mas ao mesmo tempo foi um exemplo de que as vezes há pessoas que é preciso algo assim um pouco mais...agressivo e tal...para que se comportem civís...secalhar alguns politicos até deveriam experimentar...talvês acordassem para a vida...ora então cá vai...

Num C.A.T. (para quem não sabe, Centro de Apoio a Toxicodependentes) às 09h05 da manhã já se encontram cerca de 15 a 20 “carochos”, cada um mais degradado que o outro, mãos sujas, olheiras, roupa nojenta, corpo magricela e um olhar que pouco diz, ressacando por ingerir o elixir que os irá acalmar...ou pelo menos dizem… a verdade é que nem todos estão assim tão calmos e só porque passaram 5 min da hora de abertura da porta das traseiras (que é por onde eles entram…) um deles que ainda tinha alguma capacidade de raciocínio lógico e bastante pinta de campeão começa a falar e a ameaçar o vigilante que do interior da porta de ferro nem sabe onde se há-de meter.

Passados alguns minutos abre-se a porta e entram em bando como se fossem hienas famintas à procura da salvação. Já no seu interior, esse mesmo prevaricador começou a gritar com a mulher que se encontra do lado de lá da vitrina e a exigir a sua dose.

Chegou um carro patrulha com dois agentes e outro carro descaracterizado com outros dois e o gajo acalmou um pouco…mas foi sol de pouca dura… começa de novo a falar alto e em poses agressivas, um dos agentes aproxima-se e pede-lhe educadamente para que o acompanha-se lá fora a fim de explicar a situação, nisto o carocho aproxima-se dele, começa a responder-lhe cara a cara, como se estivesse a falar com alguém da família dele e após duas ou três frases, começou a exaltar-se e a falar de uma maneira ainda mais agressiva, pelo que assim de repente ouve-se um belo e maravilhoso “SSSSLLLAAAAPPPP CATRAPPPUUUMMM!!!!!” e o carocho já estava no chão um pouco mais caladinho! Foi assim tipo a paz do senhor que se instalou, um silêncio que parecia a calma dos deuses… uns ficaram de olhos bem abertos, outros um pouco mais nervosos, outros de boca aberta e caladinhos, mas nada demais. Já só me lembro de ouvir um dos agentes perguntar-lhe: “- tinhas necessidade disto? (provavelmente aquele já devia ser “cliente da casa” dos agentes) tinhas necessidade de vir para aqui fazer barulho? Não sabias aguardar como os outros fizeram?”. E pronto! Remédio Santo! O gajo pediu desculpas, aguardou o seu lugar sentadinho, os agentes foram embora e tudo voltou ao normal!

Agora eu realmente fiquei a pensar e claro que tinha que expressar a minha revolta…

Será que ao invés de serem criados os C.A.T´s e andarmos todos a contribuir para que os carochos façam o que querem e lhes apetece, em que alguns chegam mesmo a agredir e a ameaçar os funcionários que lá trabalham e até a própria Policia quando lá vai tem que ter moderação e cuidado extremo pois muitos são portadores de doenças que até o Diabo foge e se têm o azar de ficarem infectados com algo a instituição nem à mer%# os manda, criassem assim um lugar onde eles fossem todos aprender a cavar batatas, cortar cenouras, dar de comida a animais, aprendessem a ser úteis para a sociedade e tivessem que ficar sem tomar nada fechados algures, assim tipo cura biológica e tal… não seria melhor do que andarem a gastar dinheiro com Centros desses? em que muitas vezes os carochos só lá vão em ultimo recurso ou seja, de vez em quando, permitindo assim que fiquem meses e meses seguidos sem terem a verdadeira cura! Não era melhor?...

Na minha opinião seria muito melhor, pelo menos não seriam um fardo tão grande para a sociedade…mas enfim…

E já agora…veio-me outra ideia à cabeça…não seria melhor ainda o Estado dar melhores meios técnicos e humanos às nossas Forças de Segurança??
Assim elas poderiam trabalhar melhor e mais em conjunto na investigação daqueles que na realidade são os causadores deste tamanho fardo para a sociedade e que são os DEALERS,CHULOS, TRAFICANTES, o que lhes queiram chamar...

Não sei, digo eu… que sou apenas um simples griséu.
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9 de julho de 2009

Café do Griséu #3

Faça uma pausa no Café do Griséu:




È UM PASTELINHO DE NATA SE FÁ FAVORE!!
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8 de julho de 2009

Agradecemos, aceitamos,respeitamos e congratulamos

É com muito orgulho e muito respeito que os Griséus agradecem a comunidade do Blog OlhãoLivre pela distinção e pelo prémio Lemniscata atribuido à Revolta dos Griséus e tambem a outros blogs.

"O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores."

Aceitamos e congratulamos tambem os outros blogues premiados :)

Obrigado e esperamos continuar durante muito tempo junto a todos voçês na Blogosfera e a continuar a Revolta que tambem é vossa ;)
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